
Os protestos ocorridos na Tunísia contra o governo inspiraram protestos bem maiores no segundo país mais populoso da África, o Egito.
A mobilização da população é contra o presidente Hosni Mubarak, há 30 anos no poder.
O povo começou a se manifestar em 25 de janeiro, mas, até o momento, ontem 1 de fevereiro, foi o dia da maior mobilização no Egito: A Marcha do Milhão (convocada pela Internet, especialmente o Twitter, apesar do bloqueio imposto pelo governo), em que a população protestou na Praça Tahrir, no Cairo contra a permanência de Mubarak.
Contudo, num pronunciamento exibido ontem, Mubarak não respondeu ao clamor popular, afirmando somente que não concorrerá a reeleição no pleito de setembro. A população comemorou, mas não ficou satisfeita, pois espera a renúncia imediata do presidente.
No mundo, muitos países se manifestaram após o pronunciamento de Mubarak. O primeiro-ministro da Turquia cancelou sua visita oficial ao Egito, afirmando que vai aguardar o desenrolar das manifestações e disse que é hora de Hosni Mubarak ouvir o clamor do povo. Já os Estados Unidos, que é grande aliado egípcio (os Estados Unidos mantém uma ajuda de U$ 1,3 bilhões de dólares para as Forças Armadas egípcias) afirmou através de uma mensagem de 5 minutos do presidente Obama que é importante a realização de reformas econômicas e sociais e Obama disse que ligou para Mubarak e o parabenizou por aceitar não concorrer as eleições em setembro.
Apesar dessa manifestação pública da diplomacia estadunidense, especialistas afirmam que o governo dos Estados Unidos prefere a manutenção de Mubarak no governo em detrimento da sua renúncia imediata, pois o temor é que com o calor político radicais islâmicos poderiam assumir o poder no Egito e isso é tudo que a Casa Branca não quer nesse momento.
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